O Palacete Joaquim Franco de Mello, mais conhecido como Casarão Franco de Mello, na avenida Paulista, número 1919, pode virar o mais novo Museu da Gastronomia de São Paulo. Isso graças a um chamamento público aberto pela Secretaria de Cultura de São Paulo para realizar estudos para a concessão pela iniciativa privada. O projeto inclui modernização, restauro e manutenção do espaço, localizado em um terreno que alcança 2.000,00m².

O objetivo é revitalizar o palacete, visando sua ocupação de acordo com as diretrizes previstas no Edital. Os interessados podem se inscrever até 2 de agosto e ar no site os regulamentos. A concessão é de 35 anos e prevê ainda serviços de construção, restauro, adequação e manutenção de equipamento de uso cultural. Há ainda a possibilidade de se edificar um novo anexo com até 3.130,00m², perfazendo um total de área construída de 4.000,00m².

"A cidade de São Paulo é um polo gastronômico nacional; e a gastronomia é um dos pilares da economia criativa. A ideia é atrair empreendedores interessados em recuperar e explorar esse espaço, que é um dos mais nobres da capital. Os estudos indicaram a concessão como melhor forma de recuperar um patrimônio relevante da capital." destaca Frederico Mascarenhas, Chefe de Gabinete da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

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Mas essa não é a primeira vez que o casarão é visto como oportunidade de abrigar projetos com fins culturais. Em 2014, o Governo do Estado desenvolveu, por meio de um concurso, projeto para instalação museológica no local. Em 2019, houve um anúncio por parte do Governo de São Paulo declarando que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sesi (Serviço Social da Indústria) manifestaram interesse em fazer do local lar de um museu dedicado à ciência, tecnologia, arte e inovação, mas, em 2020, as duas entidades retiraram a proposta. Agora, em julho de 2021, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa comunica a retomada do projeto e dos estudos de concessão do imóvel.

O casarão Franco de Mello 

Construído em 1905, é obra do construtor português Antônio Fernandes Pinto que criou a fachada inspirada na arquitetura eclética, com influências sas do período de Luís XV. A área de terreno é de 2.000,00m², sendo 870m² de área construída e em seu interior há 35 cômodos. O imóvel é tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP). Joaquim Franco de Mello foi um coronel e rico agricultor que, entre outras atividades, fundou uma cidade no interior paulista, dando a ela o nome de sua esposa, Lavínia. No imóvel, Franco de Mello morou com ela e seus três filhos, Raphael Franco de Mello, Rubens Franco de Mello e Raul Franco de Mello.

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