E é ali, em meio aos livros centenários da biblioteca, que fica guardada uma receita muito apreciada por ninguém menos do que Dom Pedro II, último monarca do Império brasileiro. Trata-se do pudim de gabinete, doce servido em ocasiões festivas e especiais - inclusive quando este mesmo D. Pedro esteve em Caraça, que já foi um importante colégio imperial.
Descendente do bolo de reis, o nome da sobremesa faz alusão ao armário onde se guardavam os doces nos tempos em que não existia geladeira.
A receita centenária, que pode ser encontrada também na edição de 1914 do livro "O Confeiteiro Popular", leva biscoito champanhe feito no Santuário para forrar a forma, camadas de doces de frutas e um creme feito com gema de ovo, açúcar, leite e baunilha. A seguir, confira os ingredientes e o o a o desta receita que é fácil, farta e deliciosa:
Ingredientes
10 biscoitos champanhe
100g de doce de cidra
100g de doce de banana
100g de mamão em calda
100g de laranja da terra em calda (no caso dos doces em calda, escorra primeiro para usar somente a fruta)
100g de as pretas
100g de as brancas
1 maçã fatiada
Para o creme:
500 ml de leite
9 gemas
100g de açúcar
Raspa de meio limão
Modo de preparo
Para fazer o creme, misture todos os ingredientes: leite, gemas, açúcar e a raspa de limão.
Unte uma forma com manteiga e polvilhe um pouco de açúcar. Comece quebrando os biscoitos e colocando-os no fundo da vasilha. Depois adicione as as e a cidra, criando uma camada de frutas.
Espalhe o creme e, por último, as as brancas. Volte a intercalar as camadas de frutas, deixando bem firme. Depois de cobrir com o creme, cubra com papel alumínio e leve ao forno a 180 graus, no banho maria, por uma hora.
Tire o papel alumínio e deixe mais 30 minutos no forno.
Tire do forno, espere esfriar e leve à geladeira. Desenforme no prato de preferência e sirva gelado.