Abaixo, confira uma seleção de exposições na capital paulista para curtir durante as férias de julho. Mas fique tranquilo, já que algumas delas extrapolam o período e seguem até os meses seguintes.
A mostra reúne 62 obras da artista plástica pernambucana Lúcia de Barros Carvalho (1922-2020), conhecida como Suanê. Obras de 1946 a 2019, período de produção da artista, estão expostas e revelam o regionalismo e as raízes pernambucanas que moldaram seu estilo único. A exposição segue até 21 de julho.
Até 14 de julho fica ainda em cartaz no MAC-USP a mostra “Eleonore Koch: em cena”, que apresenta uma série de obras da artista de origem judaica que se refugiou no Brasil aos 12 anos, com peças que abordam paisagens, interiores e naturezas-mortas.
“O Pernambuco Cósmico de Suanê”: MAC-USP; Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - Ibirapuera, São Paulo - SP / Ingressos: entrada gratuita / Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 21h.
A mostra dedicada ao pintor irlandês reúne mais de 20 obras e abrange mais de quatro décadas de trabalho, com produções que datam até os anos 1980. Considerado um dos mais importantes pintores do século 20, Bacon voltou-se especialmente para figuras masculinas em retratos e nus.
As obras no MASP estão dispostas no primeiro andar expositivo do museu e provêm de empréstimos de instituições como Tate (Inglaterra), MoMA (Nova York), Metropolitan Museum (Nova York), Museum Boijmans van Beuningen (Países Baixos) e Museu Tamayo (México), para citar alguns. A exposição é contextualizada no ano dedicado às histórias da diversidade LGBTQIA+ do MASP e segue em cartaz até 28 de julho.
“Francis Bacon: a beleza da carne”: MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand; Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo - SP / Ingressos: R$ 70 (entrada); R$ 35 (meia-entrada); entrada gratuita às terças-feiras; retirada também via site / Funcionamento: terça, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas.
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A mostra ocupa as sete galerias da Pina Luz e reúne mais de 150 obras que abraçam o legado das mais de três décadas de carreira desta que é uma das artistas brasileiras mais relevantes do século 20. O início da exposição já possibilita que o público manuseie algumas réplicas de certas obras. Há ainda salas que exibem trechos de filmes, fotos e documentos. A mostra segue até 4 de agosto.
Ainda na Pina Luz, está em cartaz até 1° de setembro a mostra “Gervane de Paula: Como É Bom Viver em Mato Grosso”, primeira mostra individual do artista em uma instituição paulista. Também há exposições em outras facilidades da Pinacoteca, como no Edifício Pina Contemporânea e no Edifício Pina Estação. A programação pode ser conferida aqui.
"Lygia Clark: Projeto para um planeta": Pinacoteca Luz; Praça da Luz, 2, São Paulo - SP / Ingressos: R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia-entrada); grátis aos sábados; entradas também via site / Funcionamento: quarta a segunda, das 10h às 18h; quintas-feiras com horário estendido, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h).
Com obras que abrangem cinco décadas, de 1930 a 1980, o CCBB apresenta pinturas, livros, discos, áudios, vídeos, documentos e cartazes de cinema e de teatro de mais de 40 artistas brasileiros, entre eles nomes como Candido Portinari, Carolina Maria de Jesus, Eduardo Coutinho, Ferreira Gullar, Graciliano Ramos, Henfil e Jorge Amado.
A exposição, que ocupa todo o prédio histórico, coloca em xeque o conceito de subdesenvolvimento atrelado ao Brasil e a outros países, especialmente no pós-Segunda Guerra Mundial. A exposição segue até 8 de agosto.
“Arte Subdesenvolvida”: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB); Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico, São Paulo - SP / Ingressos: entrada gratuita; retirada também via site / Funcionamento: todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras.
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A mostra apresenta ao público mais de 500 trabalhos divididos em 20 núcleos do fotógrafo norte-americano George Love, que via a fotografia como uma expressão artística e pessoal. Nascido na Carolina do Norte em 1937, Love chegou a viajar na década de 1960 para a Amazônia junto de Claudia Andujar. A partir daí, rodou o Brasil com sua câmera e faleceu em 1995 em São Paulo. A exposição segue até 25 de agosto.
Outra mostra no MAM em cartaz até a mesma data é “Santídio Pereira: Paisagens Férteis”, que reúne mais de 30 obras do artista brasileiro, entre gravuras, objetos e pinturas que são fruto das memórias da infância no Piauí.
“George Love: além do tempo”: MAM-SP; Parque Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3 / Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada); grátis aos domingos / Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 18h (última entrada às 17h30).
Composta por registros audiovisuais feitos em apresentações e em oficinas de dança promovidas por migrantes de Guiné residentes em São Paulo, a mostra no Museu da Imigração traz pensamentos sobre o pertencimento com ajuda da música do oeste africano. Ao mesmo tempo, há a reflexão sobre a experiência migratória nos campos sociais, culturais, políticos e territoriais. A mostra segue até 31 de agosto.
“Pertencimentos transnacionais: movimentos e ritmos na música africana”: Museu da Imigração; Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 - Mooca, São Paulo - SP / Ingressos: R$ 16 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos; grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos / Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h.
A mostra destaca 15 trajes de estilistas nipônicos que ajudaram a colocar a moda japonesa no cenário global, entre eles Issey Miyake, Kenzo Takada, Yohji Yamamoto e Chitose Abe. A exposição é apresentada por meio das peças e por uma linha do tempo, as quais destacam marcos históricos e contextos sociais da moda no Japão e suas transformações, indo do pós-Segunda Guerra e ando pela consagração de estilistas no cenário internacional. A mostra segue até 1º de setembro.
Vale destacar ainda a “Sutorīto Fashion: Moda das Ruas”, outra mostra na Japan House com foco na moda japonesa que fica em cartaz até 20 de outubro. A exposição apresenta a moda das ruas do país por meio de fotografias tiradas entre 1950 e 2020.
"Efeito Japão: moda em 15 atos": Japan House São Paulo; Avenida Paulista, 52 – São Paulo, SP / Ingressos: entrada gratuita; reservas opcionais via site / Funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 18h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.
Com mais de 300 obras, a mostra no Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, aborda as referências de natureza-morta da atualidade. Para isso, foram selecionados trabalhos de 61 artistas brasileiros e estrangeiros do século 19 até os dias de hoje.
Estão expostas obras de artistas como Anita Malfatti, Carlos Scliar, Yêdamaria e Estevão Silva, este último um pintor negro da segunda metade do século 19 pioneiro ao formar-se pela Academia Imperial de Belas Artes. A mostra segue até 1º setembro.
"As vidas da natureza-morta": Museu Afro Brasil; Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, São Paulo – SP / Ingressos: R$ 15 (inteira), R$ 7,50 (meia-entrada), grátis às quartas / Funcionamento: terça a domingo, 10h às 17h (permanência até às 18h).
A mostra no Museu Judaico de São Paulo transporta o público para o universo singular de um dos mais importantes estilistas brasileiros por meio de mais de 40 looks que remontam sua trajetória. Além de roupas, sapatos, bolsas e chapéus, fotos e vídeos exclusivos de desfiles ajudam a contar a história e o processo criativo de Alexandre Herchcovitch.
Um dos itens presentes na exposição é justamente a primeira caveira desenhada por Herchcovitch antes mesmo de iniciar os estudos de moda -- a caveira virou símbolo e logotipo de sua marca. A exposição segue até 8 de setembro.
"Alexandre Herchcovitch: 30 anos além da moda": Museu Judaico de São Paulo (MUJ); Rua Martinho Prado, 128 - Bela Vista, São Paulo - SP / Ingressos: R$ 20 inteira, R$10 meia, entrada gratuita aos sábados; retirada também via site / Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até às 17h); excepcionalmente às quintas-feiras, o horário é das 12h às 21h (entrada até às 20h).
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Com cerca de 150 obras, a mostra no Instituto Tomie Ohtake exibe pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, maquetes, fotografias e joias com o objetivo de contemplar a amizade entre o norte-americano Alexander Calder e o espanhol Joan Miró. Ambos foram embaixadores da abstração das artes no século 20.
Para acompanhar a exposição, entra em cena uma seleção de trabalhos de artistas brasileiros influenciados direta ou indiretamente pelas produções, a exemplo de Abraham Palatnik, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Ione Saldanha, Ivan Serpa, Mira Schendel e Oscar Niemeyer. A mostra segue até 15 de setembro.
"Calder + Miró": Instituto Tomie Ohtake; Rua Coropés, 88 - Pinheiros, São Paulo - SP / Ingressos: entrada gratuita / Funcionamento: terça a domingo, das 11h às 19h.
Josef Koudelka, fotógrafo tcheco nascido em 1938 e naturalizado francês em 1987, tem três de seus mais icônicos trabalhos apresentados no IMS Paulista. A mostra traz a série "Ciganos", com 111 fotografias, e "Exílios", com 74 delas. Também é possível ver 11 fotografias da invasão da então capital da Tchecoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia, em 1968. A exposição segue até 15 de setembro.
Até o fim de julho fica em cartaz ainda “Que país é este? A câmera de Jorge Bodanzky durante a ditadura brasileira, 1964-1985”, que exibe trechos dos sete filmes dirigidos pelo cineasta durante a ditadura militar. A seleção apresenta ainda fotografias e projeções em super-8 feitas por Bodanzky.
“Koudelka: Ciganos, Praga 1968, Exílios”: IMS Paulista; Avenida Paulista, 2.424, São Paulo - SP / Ingressos: entrada gratuita / Funcionamento: terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h.
A exposição no SESC Bom Retiro apresenta desenhos, objetos e instalações que extrapolam o âmbito musical do artista alagoano Hermeto Pascoal, conhecido por sua constante experimentação. A mostra reúne a produção visual do artista, principalmente das duas últimas décadas, e estabelece conexões entre objetos-instrumentos, objetos-partituras, pinturas-partituras e desenhos, por exemplo. A exposição segue até 3 de novembro.
"Ars Sonora - Hermeto Pascoal": SESC Bom Retiro; Alameda Nothmann, 185 - Bom Retiro, São Paulo - SP / Ingressos: entrada gratuita / Funcionamento: terça a sexta, das 9h às 20h; sábado, das 10h às 20h; domingo, das 10h às 18h.
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A mostra no Sesc Vila Mariana é inspirada na produção intelectual da antropóloga, historiadora e filósofa brasileira Lélia Gonzalez (1935-1994), um dos nomes mais importantes do pensamento antirracista brasileiro. A curadoria, que vai da música às artes plásticas, tem uma seleção de artistas e obras históricas e contemporâneas em diálogo com o pensamento da autora.
A ocasião segue o relançamento do livro "Festas populares no Brasil" (Ed. Boitempo) 30 anos após a morte da pensadora. A mostra segue em cartaz até 24 de novembro.
"Lélia em nós: Festas Populares e Amefricanidade": SESC Vila Mariana; Rua Pelotas, 141 - Vila Mariana, São Paulo - SP / Ingressos: entrada gratuita / Funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h; sábado, das 10h às 20h; domingo e feriados, das 10h às 18h.
Inspirada no livro homônimo da autora Ana Maria Gonçalves, a mostra reúne 372 peças, entre arte têxtil, fotografias, instalações, cartazes, pinturas e esculturas de artistas brasileiros, da África e das Américas, que interpretam a obra. A exposição faz alusão ao Brasil Império (1822-1889) para discutir contextos sociais, culturais, econômicos e políticos do século e de seus dobramentos contemporâneos. A mostra segue até 1º de dezembro.
"Um defeito de cor": SESC Pinheiros; Rua Paes Leme, 195 - Pinheiros, São Paulo - SP / Ingressos: entrada gratuita / Funcionamento: terça a sábado das 10h30 às 21h; domingos e feriados, das 10h30 às 18h.
As presenças africanas na língua portuguesa e na forma como o brasileiro se expressa são o mote central da mostra temporária no Museu da Língua Portuguesa. Seja no vocabulário, na pronúncia ou na entonação, a exposição demonstra que línguas dos habitantes de terras da África Subsaariana têm participação decisiva no português falado no Brasil.
Para evidenciar isso, a mostra utiliza diferentes es, como vídeos, imagens, entrevistas, gravações, esculturas, obras de arte, tambores e mais de 20 mil búzios pelo espaço expositivo. A exposição segue até janeiro de 2025.
“Línguas africanas que fazem o Brasil”: Museu da Língua Portuguesa; Estação da Luz, Praça da Luz, s/nº - Centro, São Paulo - SP / Ingressos: R$ 24 (inteira), R$ 12 (meia-entrada); grátis aos sábados; gratuidade aos domingos até 31/08; compras também via site / Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 16h30, com permanência até as 18h.