Com a abertura, prevista para janeiro de 2024, além de expandir suas atividades, a instituição, detentora do acervo de arte europeia mais relevante do hemisfério sul, se torna uma das mais modernas infraestruturas museológicas da América Latina, cujo projeto será totalmente financiado por doações.
Como forma de preservar, valorizar a história da instituição e iluminar o reconhecimento de seus fundadores, o prédio original receberá o nome de sua arquiteta, Lina Bo Bardi, e o novo será batizado com o nome do primeiro diretor artístico do museu, Pietro Maria Bardi. Estes nomes, combinados com o da própria instituição, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, que faz referência ao seu fundador, irão completar a homenagem ao trio fundador.
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Este projeto é o feito mais significativo na história do museu desde sua transferência da rua 7 de Abril, na sede dos Diários Associados, para a Avenida Paulista, em 1968. Naquela época, a mudança aconteceu para que o museu tivesse uma sede à altura de sua coleção. O prédio projetado por Lina transformou-se em cartão-postal da cidade e em símbolo da arquitetura moderna mundial do século 20.
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No total, o Masp soma mais de 11 mil obras entre pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos, que abrangem a produção europeia, africana, asiática e das Américas. “Nosso plano é que o edifício Lina seja dedicado à exposição das obras que pertencem à coleção do museu, sobretudo nas áreas do subsolo. Já as novas galerias deverão ser ocupadas com exposições temporárias”, conta Adriano Pedrosa, diretor artístico.
Uma parte essencial do projeto é a interligação subterrânea entre os dois edifícios, que será feita sob a rua Prof. Otavio Mendes. Outra transformação importante será a transferência da bilheteria para o prédio Pietro, liberando o vão livre e devolvendo a este espaço a sua utilização como praça pública, uso defendido por Lina Bo Bardi desde que idealizou o projeto.