Realizado em São Paulo, entre os dias 15 e 18 de setembro, o evento reconheceu os melhores queijos do mundo, com foco nos brasileiros, a partir de uma comitiva de 180 jurados nacionais e estrangeiros.
Caracterizado por uma massa mole, maciez e intensidade bem desenvolvida, o queijo azul de cabra Dolce Bosco é produzido em Joanópolis (SP), pela Capril do Bosque, marca capitaneada pela mestre queijeira Heloisa Collins.
Inspirado no gorgonzola dolce italiano, o queijo é feito a partir de combinações de diferentes mofos e tempos de cura.
O primeiro lugar do campeonato ficou com o queijo suíço Gruyère Reserve, da Mifroma, feito com leite cru de vaca e curado em caves naturais de uma montanha em Ursy, pequena vila na Suíça, por cerca de 11 meses.
Em terceiro lugar, logo depois do brasileiro Dolce Bosco, veio o Stockinghall, dos Estados Unidos, feito com leite de vaca e curado entre 10 e 12 meses.
No total, o concurso de queijos e lácteos recebeu cerca de 1.130 itens inscritos, os quais vieram de 11 países.
Ao todo, outros 484 produtos ganharam medalhas na competição: 21 ganharam medalhas Super Ouro; 86 Ouro; 158 Prata e 219 Bronze.
Pela primeira vez, além dos produtos inscritos, o evento também elegeu os Melhores Queijeiros do país (destinado para os comerciantes de queijo) e os Melhores Queijistas (que envolve os comerciantes de queijo).
Vitor Gomide, do Laticínios Gomide de Viçosa (MG), foi eleito o Melhor Queijeiro no concurso. O segundo lugar ficou com Martina Sgarbi, do Queijo Martina, de São Paulo (SP) e a terceira posição foi conquistada por André Modesto, da Queijaria Paiol Velho, de Ibitipoca (MG).
Já Marina Cavechia, do Teta Cheese Bar, de Brasília (DF), foi eleita a melhor queijista. A segunda posição foi angariada por Aline Biasuz, da Amor pelo Queijo, de o Fundo (RS), e Carolina Nalin, da Queijos e Amigos, de Campinas (SP), ficou na terceira colocação.
Durante os quatro dias de evento, o Mundial do Queijo do Brasil também teve programação que incluiu duas feiras com produtores: enquanto uma focou para o público pagante voltada para o setor profissional queijeiro, a outra contou com stands de marcas de queijos, azeites e vinhos.
Com concursos chancelados pela Guilde Internationale des Fromagers, o mundial é a única premiação nacional que abraça o setor queijeiro por inteiro, envolvendo produtores artesanais e industriais.
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